Quentin Jerome Tarantino, a pessoa que revolucionou a indústria cinematográfica do seu jeito excêntrico e único, fazendo com que qualquer pessoa que o conheça consiga ver sua assinatura com menos de cinco minutos de tela.
Esse homem também criou marcas em seus fãs, tantas marcas que serviram de inspiração para a criação da nossa barbearia e, como qualquer fã de Tarantino, adoramos conversar, debater e até cultuar suas obras.
Por isso, hoje vamos fazer nosso top 5 filmes Tarantino. Não necessariamente os melhores filmes, mas os que mais nos marcaram e merecem estar nessa lista. Dá uma olhada aí:
Quinto lugar – Once upon a time in... Hollywood (2019)
Começando com seu mais novo filme Once upon a time in... Hollywood (Era uma vez em... Hollywood) Tarantino narra em sua perspectiva os acontecimentos do ano de 1969 em Los Angeles, a capital da indústria cinematográfica. O ano em que ocorre o fatídico capítulo do cruel assassinato da atriz grávida em ascensão Sharon Tate (Margot Robbie), esposa do grande diretor Roman Polanski (Rafal Zawierucha), liderado por Charles Manson (Damon Harriman).
O acontecimento é usado como um plano de fundo para a história de Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), um ator que revive seus tempos de glória, e seu melhor amigo e também dublê Cliff Booth (Brad Pitt ) .
O filme se torna uma amostra de como Tarantino consegue extrair o melhor de seus atores com cenas memoráveis, como uma pequena luta entre Cliff Booth e Bruce Lee onde Brad Pitt se consagra, ou um monólogo incrível de Rick Dalton sobre sua autocrítica como ator, com Leo DiCaprio quase quebrando a quarta parede e falando diretamente com o telespectador.
Tarantino consegue usar sua licença criativa para alterar fatos históricos e dar ao filme o final que o público precisa sem perder credibilidade.
Quarto Lugar – Django Livre (2012)
Tarantino nunca negou sua paixão por filmes de faroeste e provou sua versatilidade criando Django livre, um típico filme de western, que traz, porém, a atenção para um ponto importantíssimo da história dos Estados Unidos: a escravidão.
Protagonizado por Jamie Foxx, Django é um ex-escravo, que faz parceria com um caçador de recompensas chamado Doutor King Schultz (Christoph Waltz) para achar sua amada esposa em meio à imensidão de fazendas racistas da época, lugar onde encontra seu antagonista Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), um abastado rancheiro que promove lutas de negros para sua própria diversão.
Quentin prova sua genialidade com o personagem de Samuel L. Jackson, chamado Stephen, um senhor negro servo da família de Calvin por gerações. Porém, por sua posição hierárquica em meio aos outros escravos, ele se torna um sujeito extremamente racista, mostrando como a luta de raças de tornava banal para a época.
Terceiro lugar – Kill Bill (2003)
Kill Bill não poderia ficar de fora dessa lista pois é a obra em que nosso diretor mostrou o que é um filme do Tarantino, assinando do jeito em que só ele poderia fazer: com muito sangue!
Kill Bill mostra sua genialidade beirando o cinema trash, contando a história de Beatrix Kiddo (Uma Thurman) chamada de “a Noiva” , uma ex-assassina que acorda de um coma de quatro anos após quase ser morta por seu antigo amante e chefe, Bill (David Corradine), no dia do seu casamento, assim , deixando claro seu objetivo desde o começo do filme, matar o Bill.
Regado de cenas absurdas com quantidades cavalares de sangue, Kill Bill mostra sua irreverência na cultura pop até hoje, mostrando há muito tempo o empoderamento feminino com uma protagonista que se tornaria símbolo para muitas mulheres.
Segundo Lugar – Pulp Fiction, Tempo de violência (1994)
Talvez o filme mais famoso de Quentin, Pulp Fiction foi responsável pela consagração de Tarantino, mostrando que a partir do momento que você sentar na cadeira do cinema terá cenas violentas de tirar o fôlego, diálogos tão bem escritos que se tornam inesquecíveis e atuações incríveis e memoráveis.
Pulp Fiction se desenvolve de forma diferente dos demais filmes, já que a trama é contada por capítulos, pequenas histórias mostradas separadamente com uma linha tênue ligando uma a outra, o que dá ao público a tarefa de se integrar ao filme e tirar sua própria interpretação.
Mais uma vez, temos um elenco com monstros do cinema como Samuel L. Jackson, John Travolta, Uma Thurman, Bruce Willis, Ving Rhames, Christopher Walken, entre outros atores, o que cria uma experiência dinâmica e que com certeza está eternizada para qualquer fã não só de Tarantino mas como do cinema em geral.
“O caminho dos justos está cercado por todos os lados pelas iniquidades do egoísta e pela tirania dos maus, abençoado seja aquele que em nome da caridade e da boa vontade conduz o fraco pelo vale da morte, pois ele é verdadeiramente o guardião e o protetor dos filhos perdidos e eu tornarei deles grandes vinganças com furiosas repreensões sobre aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos e saberão que eu sou o senhor quando tiver exercido minha vingança contra eles!”
Ezequiel 25:17
(Obrigado, Samuel L. Jackson, por me fazer decorar essa passagem)
Primeiro lugar – Inglourious basterds ( 2009)
Em primeiro lugar, eu preciso colocar de acordo com o próprio criador “sua maior obra prima”, Inglourious basterds (Bastardos Inglórios) nos conta o anseio de vingança de uma fugitiva judia chamada Shosanna (Mélanie Laurent) sobre o impiedoso coronel alemão Hanz Landa (Christoph Waltz), história que se cruza com a do Tenente Aldo Apache (Brad Pitt) e seu grupo de caçadores de nazistas.
Em duas horas e trinta e três minutos de tela, Tarantino lapida a obra da forma mais incrível possível, nos dando o mesmo desejo de justiça da protagonista, com talvez a maior imersão de todos os seus filmes. A obra se passa em três línguas diferentes, sendo francês, alemão e inglês, e é cheia de cenários excepcionais e cenas que nos deixam sem estruturas, como a da taberna alemã, em que Quentin constrói um clima de suspense de forma sutil até estarmos completamente dentro da cena pra ele nos deixar totalmente sem fôlego em meio ao susto de um tiroteio repentino.
A catarse do filme se forma da maneira em que só Tarantino pode fazer, usando a mesma liberdade criativa que citei na quinta posição para alterar os eventos históricos e nos dar o final que queríamos ver, onde enchemos nossos olhos e pulamos da cadeira com uma cena completamente violenta e estranhamente satisfatória.
Em minha opinião, um filme nunca foi tão necessário nos tempos atuais como Inglourious basterds, para que vejamos o perigo que é dar poder a pessoas erradas e não cometermos os mesmos erros do passado. Entendeu a ligação?
E aí, o que achou da nossa lista? Alteraria alguma posição? Concorda ou discorda de algo? Conta aí pra gente sua opinião e o seu TOP 5! Também são bem-vindas críticas e sugestões para as próximas postagens e se quiser dar aquela moral compartilhando e nos ajudando para continuar fazendo esse tipo de coisa.
Valeu!
Por Victor Diniz
Futuro Jornalista. Além de escrever, faz parte aqui do time da Barbearia Tarantino. Frequentou por um bom tempo a casa como cliente e amigo. Desde 2018 faz parte do time de atendimento aqui da Tarantino.
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